“Til”
- José de Alencar
O livro “Til” do escritor brasileiro José de
Alencar é, sem dúvidas, uma das maiores obras de ficção romântica da literatura
nacional. Publicado no ano de 1872, a obra retrata os meados do século XIX,
onde imperavam as disputas pelo poder no ambiente rural e o escravismo. Embora
seja ficção, não tende a fugir da realidade e é recheado de fantasias e sonhos
irreai, Alencar construiu – como fez na maioria de suas obras – uma história
que, embora irreal, retratava aspectos diversos da realidade do país, incluindo
neles temas dos primórdios (indianistas), seu próprio tempo (regionalistas e
urbanos) e romances das várias fases da colonização (históricos). “Til” costuma
ser um livro requisitado para os estudos de literatura, além dos preparatórios
para vestibulares importantes, assim, é importante lê-lo e buscar absorver sua
riqueza de detalhes. Não é difícil ter a atenção presa pela obra, que conta com
momentos de suspense e mistério, contando com doses equilibradas e igualitárias
de aventura e amor.
Resumo
No interior de São Paulo, mais
especificamente no município de Santa Bárbara, habitava Luís Galvão, sua esposa
D. Ermelinda, seus filhos Afonso e Linda, além de Brás, um sobrinho com
deficiências mentais e físicas que o fazia ser rejeitado por todos os demais. A
família era proprietária da Fazenda das Palmas, e nos arredores da fazenda
vivia uma bela moça chamada Berta, juntamente com sua mãe de criação Nhá
Tudinha e Miguel, seu irmão de criação. Berta era uma moça de beleza
imensurável por dentro e por fora, movida pelo amor ao próximo, muitas vezes
deixando para trás seus desejos com a finalidade de ajudar os outros. Fez isso,
por exemplo, com linda, que era há muito apaixonada por seu irmão de criação,
Miguel. Berta incentivou o rapaz a aproximar-se de Linda, embora em seu íntimo
também nutrisse sentimentos por ele. O mesmo sentimento de amor ao próximo a
fez aproximar-se de Brás diferente de todas as outras pessoas: ela não o
desprezava, não minimizava seus sentimentos e opiniões, não o encarava como um
estorvo, ela simplesmente o enxergava como um ser que merecia respeito e
dignidade, e assim ela o tratava, com ternos cuidados fraternais. Brás se torna
devoto dela, completamente encantado por sua bondade e beleza, e passa a
chamá-la de Til, por associar sua beleza à graça que vê no sinal gráfico
chamado Til.
O
retorno de um inimigo antigo
A tranquilidade do ambiente é quebrada por
uma ameaça à vida de Luís Galvão, que passa a ter sua morte planejada por
Barroso. Para compreender o motivo de tanto ódio, é preciso voltar a atenção
aos segredos que Luís Galvão tinha em seu passado. Quando jovem, era filho de
um rico fazendeiro, e nutria desejo por uma moça muito bela, porém pobre, de
nome Besita. A moça apaixonou-se por Luís, mas ele não tinha interesse em
casar-se com ela por sua pobreza. Assim, Besita foi influenciada por seu pai a
casar-se com Ribeiro, mas logo após a noite de núpcias o esposo precisa viajar
para resolver problemas referentes à herança de família, ficando afastado da
cidade e de sua esposa por anos. Numa certa noite, Besita recebe em sua casa um
homem, imaginando que fosse seu marido, mas tratava-se de Luís Galvão, e assim
ela engravidou de Berta. Quando Ribeiro retornou e encontrou sua esposa como
mãe de uma menina, acabou se descontrolando e assassinando-a, prometendo a si
mesmo que se vingará do homem que o traiu. Então, quinze anos depois, Ribeiro
retorna a cidade totalmente irreconhecível, e com o nome de Barroso, com o
propósito de vingar-se de seu traidor.
Barroso contratou para matar Luís Galvão um
assassino de aluguel chamado Jão Fera. No passado, Jão fora um órfão criado
juntamente com Luís, e que presenciou toda a história e o trágico desfecho. Ele
tornou-se protetor da menina, e a entregou a Nhá Tudinha para que a criasse.
Justamente por ter acompanhado de perto tudo o que aconteceu 15 anos antes, o
homem era cegamente obediente à Berta, e ela aproveitou-se disso para mudar o
rumo dos acontecimentos e salvar Luís Galvão.
Interrompendo o trágico plano
Num dado momento, Jão descobre o restante do
plano de Barroso: além de matar Galvão, ele desejava assassinar Berta, a menina
fruto da traição de sua esposa. Ao saber disso Jão imediatamente interrompe o
plano e assassina Barroso, entregando-se então à polícia para procurar obter o
perdão de Berta, que condenava a vida de crueldades que seu protetor levava.
Sentindo-se desprezado, o assassino de aluguel leva à tona a realidade sobre o
passado de Luís Galvão e a paternidade de Berta, mas a moça rejeita a família
biológica e decide continuar sua vida, cuidando de Brás e de Jão, que acabou
por regenerar-se.
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