“Til” - José de Alencar


“Til” - José de Alencar 

Posted on 12 de Fevereiro de 2014Stefanie MouretO livro “Til” do escritor brasileiro José de Alencar é, sem dúvidas, uma das maiores obras de ficção romântica da literatura nacional. Publicado no ano de 1872, a obra retrata os meados do século XIX, onde imperavam as disputas pelo poder no ambiente rural e o escravismo. Embora seja ficção, não tende a fugir da realidade e é recheado de fantasias e sonhos irreai, Alencar construiu – como fez na maioria de suas obras – uma história que, embora irreal, retratava aspectos diversos da realidade do país, incluindo neles temas dos primórdios (indianistas), seu próprio tempo (regionalistas e urbanos) e romances das várias fases da colonização (históricos). “Til” costuma ser um livro requisitado para os estudos de literatura, além dos preparatórios para vestibulares importantes, assim, é importante lê-lo e buscar absorver sua riqueza de detalhes. Não é difícil ter a atenção presa pela obra, que conta com momentos de suspense e mistério, contando com doses equilibradas e igualitárias de aventura e amor. 

Resumo

No interior de São Paulo, mais especificamente no município de Santa Bárbara, habitava Luís Galvão, sua esposa D. Ermelinda, seus filhos Afonso e Linda, além de Brás, um sobrinho com deficiências mentais e físicas que o fazia ser rejeitado por todos os demais. A família era proprietária da Fazenda das Palmas, e nos arredores da fazenda vivia uma bela moça chamada Berta, juntamente com sua mãe de criação Nhá Tudinha e Miguel, seu irmão de criação. Berta era uma moça de beleza imensurável por dentro e por fora, movida pelo amor ao próximo, muitas vezes deixando para trás seus desejos com a finalidade de ajudar os outros. Fez isso, por exemplo, com linda, que era há muito apaixonada por seu irmão de criação, Miguel. Berta incentivou o rapaz a aproximar-se de Linda, embora em seu íntimo também nutrisse sentimentos por ele. O mesmo sentimento de amor ao próximo a fez aproximar-se de Brás diferente de todas as outras pessoas: ela não o desprezava, não minimizava seus sentimentos e opiniões, não o encarava como um estorvo, ela simplesmente o enxergava como um ser que merecia respeito e dignidade, e assim ela o tratava, com ternos cuidados fraternais. Brás se torna devoto dela, completamente encantado por sua bondade e beleza, e passa a chamá-la de Til, por associar sua beleza à graça que vê no sinal gráfico chamado Til. 

O retorno de um inimigo antigo

A tranquilidade do ambiente é quebrada por uma ameaça à vida de Luís Galvão, que passa a ter sua morte planejada por Barroso. Para compreender o motivo de tanto ódio, é preciso voltar a atenção aos segredos que Luís Galvão tinha em seu passado. Quando jovem, era filho de um rico fazendeiro, e nutria desejo por uma moça muito bela, porém pobre, de nome Besita. A moça apaixonou-se por Luís, mas ele não tinha interesse em casar-se com ela por sua pobreza. Assim, Besita foi influenciada por seu pai a casar-se com Ribeiro, mas logo após a noite de núpcias o esposo precisa viajar para resolver problemas referentes à herança de família, ficando afastado da cidade e de sua esposa por anos. Numa certa noite, Besita recebe em sua casa um homem, imaginando que fosse seu marido, mas tratava-se de Luís Galvão, e assim ela engravidou de Berta. Quando Ribeiro retornou e encontrou sua esposa como mãe de uma menina, acabou se descontrolando e assassinando-a, prometendo a si mesmo que se vingará do homem que o traiu. Então, quinze anos depois, Ribeiro retorna a cidade totalmente irreconhecível, e com o nome de Barroso, com o propósito de vingar-se de seu traidor.

Barroso contratou para matar Luís Galvão um assassino de aluguel chamado Jão Fera. No passado, Jão fora um órfão criado juntamente com Luís, e que presenciou toda a história e o trágico desfecho. Ele tornou-se protetor da menina, e a entregou a Nhá Tudinha para que a criasse. Justamente por ter acompanhado de perto tudo o que aconteceu 15 anos antes, o homem era cegamente obediente à Berta, e ela aproveitou-se disso para mudar o rumo dos acontecimentos e salvar Luís Galvão.

Interrompendo o trágico plano 

Num dado momento, Jão descobre o restante do plano de Barroso: além de matar Galvão, ele desejava assassinar Berta, a menina fruto da traição de sua esposa. Ao saber disso Jão imediatamente interrompe o plano e assassina Barroso, entregando-se então à polícia para procurar obter o perdão de Berta, que condenava a vida de crueldades que seu protetor levava. Sentindo-se desprezado, o assassino de aluguel leva à tona a realidade sobre o passado de Luís Galvão e a paternidade de Berta, mas a moça rejeita a família biológica e decide continuar sua vida, cuidando de Brás e de Jão, que acabou por regenerar-se.


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