Os
Lusíadas - (Luis de Camões)
É no século XVI que Luis de Camões compõe um poema
do género épico, isto é, narrativo: Os Lusíadas. Esta obra vem materializar o
sonho de muitos: a imortalização dos feitos dos Portugueses, em especial o
descobrimento do caminho marítimo para a Índia. Toda a ação do Poema gira à
volta da viagem de Vasco da Gama. O seu herói, contudo, não é Vasco da Gama,
mas sim, um herói coletivo: o Povo Português. No canto I, o Poeta diz-nos isso
mesmo: “Eu canto o peito ilustre Lusitano”.
Assim, em Os Lusíadas o assunto versado não é uma lenda ou um mito, mas algo inteiramente real e valioso: a história de um povo e a sua contribuição inigualável, até àquele momento, para o alargamento dos horizontes da humanidade. Daí a universalidade que esta epopeia transporta.
Num arrojamento maior, incomensurável face ao desconhecido, os Portugueses fazem-se ao mar em frágeis caravelas, expostos a tantos perigos…Perigos tão bem simbolizados pelo Gigante Adamastor (canto V). Desta luta soberba, desigual, o homem sai vitorioso, herói, divinizado. Na Ilha dos Amores, Camões concebe um prémio para os seus heróis: através do contato com as belas deusas e pelo amor eles são recompensados e elevados à categoria de deuses. Partiram como homens, regressaram como deuses…. O tom desta obra é sublime, grandioso, e recorda-nos, para sempre, que um dia o nosso Planeta, através dos Portugueses, deu um passo gigantesco em direção ao futuro.
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