Amar Verbo Intransitivo – Mário de Andrade - Resumo
Em Amar, Verbo Intransitivo o autor mostra a
iniciação sexual e amorosa do jovem Carlos. Seu pai, Felisberto Sousa e Costa,
contrata Elza (quase sempre chamada de “Fräulein”) para fazer essa iniciação.
Ela ensina alemão a Carlos e suas três irmãs menores enquanto vai, lentamente,
o seduzindo.
Os dois começam um caso (Laura, mãe de Carlos, fica
chocada quando descobre e pede para Elza ir, mas Sousa e Costa explica a
situação) que, não sendo tórrido, ainda é sexual; mas tem um tom de quase
incesto, já que Fräulein é quase maternal com Carlos.
O pai do jovem prepara-se para separá-los como
inicialmente planejado e Fräulein acaba saindo após receber os oito contos combinados,
acabando assim a primeira parte do romance, chamada Idílio. A segunda parte,
sem nome (Idílio é na verdade o subtítulo do romance) mostra Carlos mais
amadurecido, enquanto Fräulein já tem um novo menino sob instrução.
O título do livro é na verdade uma de suas temáticas
principais: verbo intransitivo é aquele que não precisa de complemento, e
Fräulein Elza está na residência burguesa dos Sousa e Costa, em São Paulo, para
ensinar Carlos a amar; nenhum dos dois realmente se apaixona um pelo outro. Ela
repudia o sentimento o quanto pode, na verdade, e no final o que resta é apenas
uma vaga melancolia, enquanto o que ele achava ser amor é extremamente
passageiro.
No livro Mário de Andrade faz também muitas
digressões, identificando seus pensamentos, sentimentos e opiniões com os dos
personagens. O livro também tem uma estrutura incomum: não há capítulos em si,
apenas espaços em branco que separam passagens; e enquanto a palavra FIM
aparece após o Idílio, apenas após isso dá-se a conclusão da história.
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