Simulado 02


Simulado – Ortografia

 
1.       Considerando a norma padrão da Língua Portuguesa e a correta ortografia das palavras, assinale alternativa INCORRETA.

a)       A adolescência é um período de grande transição.   

b)       O asservo da biblioteca não possuía obras do Trovadorismo.   

c)       Os estudantes foram convidados para participar de um importante concerto no teatro municipal.   

d)       O jogador de xadrez avisou: xeque-mate em três jogadas.   

e)       O pesquisador procurava a ascendência de Einstein.   

 

2.       Assinale a alternativa em que as palavras, que completam a frase abaixo, estão acentuadas corretamente.

Os tabloides que eles __________, __________ manchetes curtas que todos __________.

a)       leem – tem – veem   

b)       lêm – teem – vêm   

c)       leem – têm – veem   

d)       leem – têm – vêm   

e)       lêm – tem – veem   

 

3.       Assinale a alternativa em que a grafia de todas as palavras está correta.

a)       Mulçumano é todo indivíduo que adere ao islamismo.   

b)       Gostaria de saber como se entitula esse poema em francês.   

c)       Esses irmãos vivem se degladiando, mas no fundo se amam.   

d)       Não entendi o porquê da inclusão desses asterísticos.   

e)       Essa prova não será empecilho para mim.   

  

De acordo com a norma padrão escrita, complete o excerto a seguir com uma das alternativas abaixo.

A ilha do Buzo, localizada na cidade de Angoche, em Nampula, está na __________ de desaparecer, __________ ação desastrosa da erosão costeira. O problema não é _______, e já dura __________ anos. Se medidas de __________ não forem tomadas, com a máxima brevidade possível, as  pessoas, congregadas em  famílias, que nela residem podem vir a ser arrastadas pela fúria das águas do mar, à semelhança dos  agregados familiares desalojados em 2008.

 

4.       Assinale a alternativa CORRETA.

a)       iminência – devido à – recente – a – precausão.   

b)       eminência – devido à – recente – há – precaução.   

c)       iminência – devido a – recente – a – precaução.   

d)       eminência – devido a – rescente – há – precaução.   

e)       iminência – devido à – recente – há – precaução.   

  

5.       O fragmento de texto, abaixo, apresenta palavras com problemas de grafia produzidas pelo autor. Leia-o e escolha a alternativa em que todas as palavras foram escritas incorretamente.

 

“Todas as peças, com eceção dos disjuntores, deverão seguir com a próxima remesa. O encarregado da espedição deverá discutir com a transportadora a concessão de desconto para outros envios de cargas, já que temos dezenas de pedidos de esportação.”

a)       próxima, remesa, espedição, dezenas.   

b)       peças, remesa, concessão.   

c)       seguir, próxima, disjuntores, esportação.   

d)       eceção, remesa, espedição, esportação.   

e)       eceção, encarregado, concessão, dezenas.   

 

TEXTO

O tempo e suas medidas

 1O homem vive dentro do tempo, o tempo que ele preenche, mede, avalia, ama e teme. Para marcar a passagem e as medidas do tempo, inventou o relógio. A palavra vem do latim horologium, e 2se refere a um quadrante do céu que os antigos aprenderam a observar para se orientarem no tempo e no espaço. 3Os artefatos construídos para medir a passagem do tempo sofreram ao longo dos séculos uma grande evolução. No início 4o Sol era a referência natural para a separação entre o dia e a noite, mas depois os relógios solares foram seguidos de outros que vieram a utilizar o escoamento de líquidos, de areia, ou a queima de fluidos, até chegar aos dispositivos mecânicos que originaram as pêndulas. 5Com a eletrônica, surgiram os relógios de quartzo e de césio, aposentando os chamados “relógios de corda”. O mostrador digital que está no seu pulso ou no seu celular tem muita história: tudo teria começado com a haste vertical ao sol, que projetava sua sombra num plano horizontal demarcado. 6A ampulheta e a clepsidra são as simpáticas bisavós das atuais engenhocas eletrônicas, e até hoje intrigam e divertem crianças de todas as idades.

7Mas a evolução dos maquinismos humanos 8que dividem e medem as horas não suprimiu nem diminuiu a preocupação dos homens com o Tempo, 9essa entidade implacável, sempre a lembrar a condição da nossa mortalidade. Na mitologia grega, o deus Chronos era o senhor do tempo que se podia medir, por isso chamado “cronológico”, 10a fluir incessantemente. No entanto, 11a memória e a imaginação humanas criam tempos outros: uma autobiografia recupera o passado, a ficção científica pretende vislumbrar o futuro. No Brasil, muito da força de um 12José Lins do Rego, de um Manuel Bandeira ou de um Pedro Nava vem do memorialismo artisticamente trabalhado. A própria história nacional 13sofre os efeitos de uma intervenção no passado: escritores românticos, logo depois da Independência, sentiram necessidade de emprestar ao país um passado glorioso, e recorreram às idealizações do Indianismo.

No cinema, uma das homenagens mais bonitas ao tempo passado é a do filme Amarcord (“eu me recordo”, em dialeto italiano), do cineasta Federico Fellini. São lembranças pessoais de uma época dura, quando o fascismo crescia e dominava a Itália. Já um tempo futuro terrivelmente sombrio é projetado no filme “Blade Runner, o caçador de androides”, do diretor Ridley Scott, no cenário futurista de uma metrópole caótica.

Se o relógio da História marca tempos sinistros, o tempo construído pela arte abre-se para a poesia: o tempo do sonho e da fantasia arrebatou multidões no filme O mágico de Oz estrelado por Judy Garland e eternizado pelo tema da canção Além do arco-íris. Aliás, a arte da música é, sempre, uma habitação especial do tempo: as notas combinam-se, ritmam e produzem melodias, adensando as horas com seu envolvimento.

São diferentes as qualidades do tempo e as circunstâncias de seus respectivos relógios: há o “relógio biológico”, que regula o ritmo do nosso corpo; há o “relógio de ponto”, que controla a presença do trabalhador numa empresa; e há a necessidade de “acertar os relógios”, para combinar uma ação em grupo; há o desafio de “correr contra o relógio”, obrigando-nos à pressa; e há quem “seja como um relógio”, quando extremamente pontual.

14Por vezes barateamos o sentido do tempo, 15tornando-o uma espécie de vazio a preencher: é quando fazemos algo para “passar o tempo”, e apelamos para um jogo, uma brincadeira, um “passatempo” como as palavras cruzadas. Em compensação, nas horas de grande expectativa, queixamo-nos de que “o tempo não passa”. “Tempo é dinheiro” é o lema dos capitalistas e investidores e dos operadores da Bolsa; e é uma obsessão para os atletas olímpicos em busca de recordes.

Nos relógios primitivos, nos cronômetros sofisticados, nos sinos das velhas igrejas, no pulsar do coração e da pressão das artérias, a expressão do tempo se confunde com a evidência mesma do que é vivo. No tic-tac da pêndula de um relógio de sala, na casa da avó, os netinhos ouvem inconscientemente o tempo passar. O Big Ben londrino marcou horas terríveis sob o bombardeio nazista. Na passagem de um ano para outro, contamos os últimos dez segundos cantando e festejando, na esperança de um novo tempo, de um ano melhor.

(Péricles Alcântara, inédito)

 

6.       O texto motivou a construção das frases abaixo, que devem ser consideradas independentes dele. A formulação que atende à clareza e à norma-padrão escrita é:

a)       Ainda que indispensável, como a vida contemporânea comprova à exaustão, os relógios acabam sendo símbolo de opressão e correria no mundo atual.   

b)       A peça (um relógio de quartzo), à qual se fez menção na aula, foi desmontada pelo tutor dos técnicos mais experientes, que queria demonstrar com minúcias a montagem do artefato.   

c)       Pelo que diz-se nos textos especializados, devem haver, mesmo, diferentes qualidades do tempo e das circunstâncias de seus respectivos relógios, em que todos devem dar atenção.   

d)       Se o fotógrafo vir até aqui e não encontrar o responsável pela vitrine de relógios raros, será excessão se não abandonar o projeto e dar o contrato por encerrado, sem mesmo se despedir.   

e)       Continui ou não a polêmica sobre a relevância da adoção do horário de verão no país, é certo: que não é implantado sem prejuízo do nosso “relógio biológico”.   

 

7.       Assinale a alternativa correta quanto à grafia:

a)       harém, honrem, hebreu, herói, húmido;

b)       hidráulico, harpa, hiato, hiena, higiene;

c)       hombro, herva, hipopótamo, histeria, hema;

d)       hangar, hematoma, herva, hirmão, hespanhol;

e)       hemograma, herdar, hexágono, hempório, hobjeto.

 

8.       Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente escritas:

a)       Espero que vocês viajem bem;

b)       A poetiza escreveu belos versos;

c)       A lage daquela casa não é muito resistente;

d)       Não visitei minha tia que está com cachumba;

e)       O ladrão passou só três meses no xadrês.

 

9.       Todas as palavras estão corretamente grafadas em:

a)       O agiota agiu rápido: dirigiu-se ao monge e ajoelhou-se;

b)       Pedro está rabujento, pois não tinha vajens na tigela;

c)       Sinto vertigem quando herejes têm a coragem de se dizerem angelicais;

d)       Os vajidos da mejera assustaram o pajem e o pajé;

e)       Ele é um cafageste; além do que, tem um jeito de gibóia.

 

10.   Observando a grafia das palavras abaixo, indique a opção em que rodas estão corretas:

a)       frear, prazeirosamente, exceção, roxo;

b)       ascensão, xale, obsessão, ojeriza;

c)       lêvedo, quiz, cáqui, sucinto;

d)       mês, geito, enjôo, expontâneo;

e)       prezado, agôsto, abscesso, jiló.

 

11.   Assinale a alternativa correta quanto à grafia:

a)       subterfúgio, mangedoura, gesto, trage;

b)       jiló, colégio, ojeriza, coragem;

c)       geito, ágio, vertigem, magestade;

d)       angélico, pajem, anginho, gente;

e)       a viagem, sarjeta, gorgeta, berinjela.

 

12.   Das opções abaixo, somente uma está correta. Assinale-a:

a)       possue, contribue, retribue, distribue;

b)       continui, efetui, pontui, conclue;

c)       irrequieto, pátio, umbilical, creolina;

d)       bubina, buteco, curtiça, muringa;

e)       cortume, entopír, pirolito, reboliço.

 

13.   Assinale a opção que apresenta erro.

a)       Não sei por que não vieste ontem. / Não vim porque estava doente.

b)       Por que voltaste cedo? / Não sei por que estou nervosa.

c)       Eis a razão porque me empenho tanto. / Ela está intranquila sem saber por quê.

d)       Não vais por quê? / O teu porquê me aborrece.

e)       Não é fácil o emprego do porquê. / Desconheço o porquê dessa dificuldade.

 

14.   Assinale a alternativa correta:

a)       Não vim porquê choveu,

b)       Não vim por que choveu,

c)       É este o motivo por que não vim.

d)       É este o motivo porque não vim.

e)       É este o motivo por quê não vim.

 

Gabarito:

 

1.      B - Em [B], o correto seria: “O acervo da biblioteca não possuía obras do Trovadorismo”.  

2.      C - Verbo ler: no plural da terceira pessoa é conjugado como “leem”. Verbo ter: no plural da terceira pessoa recebe acento circunflexo (têm), para diferenciá-lo do singular (tem). Verbo ver: a frase faz referência à ação de ver, já que as pessoas olham as manchetes curtas. O verbo ver” conjugado na terceira pessoa do plural tem a forma “veem”, diferente do verbo “vir”, que na terceira pessoa do plural tem a forma “vêm”.  

3.      E - As opções [A], [B], [C] e [D] apresentam termos cuja grafia é considerada incorreta pela gramática normativa e que deveriam ser substituídos por “muçulmano”, “intitula”, “digladiando” e “asterisco”, respectivamente. Apenas em [E] todas as palavras apresentam grafia correta.  

4.      E - A palavra “iminência” tem significado daquilo que está próximo. Assim, pelo contexto, percebe-se que o escritor quer dizer que a ilha está próxima ao estado de desaparecimento. Ou seja, na iminência de desaparecer. O termo “devido” é regido por preposição “a”. Além disso, como ele é seguido de um substantivo feminino (“ação”), utilizamos a crase (preposição a + artigo feminino a). A grafia correta é “recente”. A expressão “há anos” é sinônimo de “faz anos”, sentido que é construído pela frase “e já dura há anos” (dura desde muito tempo). A grafia correta é “precaução”.  

5.      D - eceção: a grafia correta é “exceção” remesa: a grafia correta é “remessa” espedição: a grafia correta é “expedição” esportação: a grafia correta é “exportação”  

6.      B - As frases das opções [A], [C], [D] e [E] apresentam desvio ao padrão da norma culta, devendo ser substituídas por - [A] Ainda que indispensáveis, como a vida contemporânea comprova à exaustão, os relógios acabam sendo símbolo de opressão e correria no mundo atual.  [C] Pelo que se diz nos textos especializados, deve haver, mesmo, diferentes qualidades do tempo e das circunstâncias de seus respectivos relógios, a (ao) que todos devem dar atenção. [D] Se o fotógrafo vier até aqui e não encontrar o responsável pela vitrine de relógios raros, será exceção se não abandonar o projeto e der o contrato por encerrado, sem mesmo se despedir.  [E] Continue ou não a polêmica sobre a relevância da adoção do horário de verão no país, é certo que não será implantado sem prejuízo do nosso “relógio biológico”.  

7.      B

8.      A

9.      A

10.  B

11.  B

12.  C

13.  C

14.  C

 

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