Predicação verbal ou transitividade verbal


Predicação verbal ou transitividade verbal

Para o reconhecimento dos tipos de predicado, precisamos entender o conceito de predicação verbal ou transitividade verbal, afinal, não existe predicado sem verbo. O verbo tem um papel muito importante, pois mantém relações com os outros termos da frase.

Predicação verbal (ou transitividade verbal) é a relação entre o verbo e outros termos da oração, principalmente dentro do predicado. E, quanto à predicação, diz-se que os verbos podem ser de ligação, intransitivo, transitivo direto, transitivo indireto e transitivo direto e indireto.

Verbo de Ligação

Também chamado de copulativo, o verbo de ligação relaciona o sujeito ao seu predicativo (atributo que indica estado, qualidade ou condição do sujeito). Os verbos de ligação não indicam ação alguma por parte do sujeito, por isso são tradicionalmente “vazios” de significado, indicando apenas estado, e por isso o núcleo do predicado, somente neste caso, não é o verbo, mas sim o predicativo.

§  João é alegre. (estado permanente)

§  João está alegre. (estado transitório)

§  João ficou alegre. (estado mutatório)

§  João permanece alegre. (estado continuativo)

§  João parece alegre. (estado aparente)

 
Intransitivo

O verbo intransitivo é aquele que contextualmente não exige complemento, por ter sentido completo. Segundo a visão tradicional, consideram-se verbos intransitivos também aqueles que, indicando deslocamento ou moradia, normalmente vêm acompanhados de uma expressão adverbial (de lugar, principalmente).

§  No dia 5 de outubro de 2011,morre o famoso inventor Steve Jobs.

§  Depois do resgate, eles certamente sobreviverão.

§  Todos chegaram ao teatro à noite.

 
Cuidado!!!

Cuidado com os verbos ir, chegar, voltar, regressar, partir, retornar, morar, residir, habitar e sinônimos, pois eles aparentemente exigem um objeto indireto, mas na verdade são apenas especificados por um adjunto adverbial indicando lugar. Esta é a visão tradicional. Alguns estudiosos, como Celso P. Luft, em seu Dicionário de Regência Verbal, entendem que os verbos que indicam deslocamento podem ser analisados como transitivos indiretos. Voltando à visão tradicional… Tais verbos são acompanhados de adjunto adverbial de lugar, pois, caso contrário, o interlocutor não entenderia plenamente uma frase como esta: “Você sabia que ele foi?” (Pergunta óbvia: Ele foi aonde?). Esses verbos precisam de um especificador de lugar, e não de um complemento. Há muita polêmica em torno disso.

 
Certos intransitivos podem ser transitivos diretos ou indiretos, contextualmente.

§  Vou dormir cedo. (verbo intransitivo)

§  Vou dormir um sono profundo. (verbo transitivo direto)

§  Sua ajuda financeira não basta, meu amigo! (verbo intransitivo)

§  Sua ajuda financeira não basta para mim, meu amigo! (verbo transitivo indireto)

 
Transitivo Direto

O verbo transitivo direto é aquele que contextualmente exige um complemento sem

preposição obrigatória (objeto direto). Uma maneira de saber se o verbo é transitivo direto

§  Por que os homens destroem assim a natureza? (Destrói-se algo/alguém)

§  Sabemos que o mercado imobiliário está em ascensão. (Sabe-se algo)

§  Consideramo-las pessoas realmente idôneas. (Considera-se alguém/algo)

 
Transitivo Indireto

O verbo transitivo indireto é aquele que contextualmente exige um complemento com preposição obrigatória (objeto indireto).

§  Concordo com você, realmente tenho de acreditar em Deus, pois aqueles que lhe desobedecem sofrem graves consequências. (Concorda-se com algo/alguém/Acredita-se em algo/alguém/Desobedece-se a alguém/algo)

 

 

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