TERMOS INTEGRANTES
Definição
Os termos integrantes da oração servem
para completar o sentido de certos verbos e certos nomes para que a oração
fique plena, por isso são chamados de:
§ Complementos verbais (objeto direto e objeto indireto),
§
Complemento nominal e
§ Agente da passiva.
OBJETO DIRETO
É o complemento de verbos
transitivos diretos. Este complemento, normalmente, vem ligado ao verbo sem
auxílio de preposição.
§ João comprou uma bola.
ATENÇÃO!! O objeto direto torna-se sujeito da voz passiva.
§ Uma bola foi comprada por João.
OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO
É o complemento de verbos
transitivos diretos com o auxílio de preposição, geralmente a preposição a.
Isso acontece principalmente:
1.
quando o
objeto direto é pronome pessoal tônico (obrigatoriamente
preposicionado):
Deste modo, prejudicas a ti
e a ela.
2.
quando o
objeto é pronome relativo quem (obrigatoriamente preposicionado):
Pedro Severiano tinha um filho a
quem idolatrava.
3.
Para evitar ambiguidades
(obrigatoriamente preposicionado):
Convence, enfim, ao pai o
filho amado.
4.
Com os
verbos que exprimem sentimentos, referindo-se a pessoas:
Judas traiu a Cristo.
Não amo a ninguém, Pedro.
OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO
Quando se quer chamar atenção
para o objeto direto que precede o verbo, costuma-se repeti-lo por meio do pronome
oblíquo. A esse objeto repetido sob forma pronominal chama-se pleonástico,
enfático ou redundante.
§ O dinheiro, Jaime os trazia escondido nas mangas da camisa.
OBJETO INDIRETO
É o complemento de verbos
transitivos indiretos. Esse complemento vem ligado ao verbo por meio de
preposição.
§ Os filhos precisam de carinho.
§ Assisti ao jogo.
OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO
À semelhança do objeto direto, o
objeto indireto pode vir repetido ou reforçado por ênfase:
A mim ensinou-me tudo.
COMPLEMENTO NOMINAL
É o complemento de nomes
(substantivos, adjetivos e advérbios) sempre regido de preposição, reclamado
pela sua significação transitiva incompleta. Representa o recebedor, o
paciente, o alvo da declaração expressa por um nome.
§ A defesa da pátria.
§ O respeito às leis.
Outros exemplos:
§
Temos
certeza da
vitória.
(substantivo exigindo CN)
§
Contra
fatos,
não há argumentos. (substantivo exigindo CN)
§
Esta
sala vive cheia de
verde.
(adjetivo exigindo CN)
§
O
júri votou favoravelmente ao réu. (advérbio exigindo
CN)
§
Foi
feito um investimento de capital em tecnologia. (um
substantivo exigindo dois CNs)
§
Independentemente
disso, volte para mim. (advérbio
exigindo CN)
§
A
Bíblia é útil a
nós.
(adjetivo exigindo CN)
§ A lembrança dos três ocorreu de repente. (substantivo
exigindo CN)
Complemento Nominal X Objeto
Indireto
O complemento nominal
se diferencia do objeto indireto por uma razão muito simples: enquanto o CN é
exigido por um nome, o OI é exigido por um VTI ou VTDI. Veja como é fácil:
§
Crer
em
Deus é
importante. (OI)
§
A
crença em
Deus é
importante. (CN)
§
O
povo necessita de
atenção.
(OI)
§
O
povo tem necessidade de
atenção.
(CN)
Objeto Direto X Sujeito
Normalmente a
distinção se torna complicadinha
porque as provas trabalham o sujeito depois do verbo, para
dar a impressão de que se trata de um objeto e vice-versa. Para fazer a
distinção entre objeto direto e sujeito, saiba que o objeto direto pode ser
passado para a voz passiva (analítica), tornando-se sujeito. Entenda melhor:
§
Já
começaram os
jogos da seleção.
(sujeito)
§
Ignoraram
os
jogos da seleção.
(objeto direto)
Ø
Note que é totalmente possível passar a
segunda frase para a voz passiva analítica (Os jogos da seleção foram ignorados.),
em que o objeto direto os
jogos da seleção vira sujeito. Esta é a “prova dos noves”
para saber se é um objeto direto.
Ø
Lembre-se: na voz passiva não há objeto
direto, pois este virou sujeito na passagem de ativa para passiva. Portanto, na
frase “Foram levados os computadores para o conserto.”, os computadores é
o sujeito. Na frase “Doou-se muita roupa velha.”, como está na voz passiva, não
há objeto direto, por isso muita
roupa velha é o sujeito. Ficou claro?
Ø
Algumas bancas, “maldosamente”, criam
questões de concordância com objeto direto antecipado como se fosse o sujeito,
mas, como sabemos, o verbo concorda com o sujeito, e não com o objeto. Veja uma
frase “maldosinha”:
§ As opiniões muito
polêmicas sobre a gramática apresentaram os dois professores.
Logicamente não
podemos dizer que a ação de apresentar
foi praticada por As opiniões muito polêmicas sobre a gramática,
afinal, quem pode apresentar
são os
dois professores. Assim, o sujeito é os dois professores ,
e o objeto direto é As
opiniões muito polêmicas sobre a gramática. Fique atento a essa
diferença!
ATENÇÃO!! COMPLEMENTO NOMINAL X OBJETO INDIRETO
A diferença entre o complemento
nominal e o objeto indireto é que este complementa verbos e aquele complementa
nomes.
AGENTE DA PASSIVA
É o complemento de um verbo na voz
passiva. Representa o ser que pratica a ação expressa pelo verbo passivo.
Geralmente, vem acompanhado pela preposição por:
§ Uma bola foi comprada por João. (João
praticou a ação de comprar)
ATENÇÃO!! Na voz passiva pronominal ou sintética não se declara o agente:
§ Assobiavam-se as canções dele nas ruas.
Nenhum comentário