Orações coordenadas


Orações coordenadas

Principal característica: são independentes, pois não estabelecem relações sintáticas entre si.

 Ø  Assindéticas - Sem uso de conectivos.

§  Maria lava, passa, prepara a comida...

A frase é composta por três orações e não há conectivo ligando-as, portanto as três orações são coordenadas assindéticas.

Ø  Sindéticas - Com uso de conectivos. A seguir, eremos uma relação de orações coordenadas sindéticas.

 
Aditivas - Dão ideia de adição, soma, acréscimo. As conjunções e locuções conjuntivas mais comuns são: E, NEM, MAS TAMBÉM, COMO TAMBÉM, OUTROSSIM, TAMPOUCO.

§  “... ainda há tempo de salvar o Brasil e já conseguiu a adesão de todos os Homens...” (Luís Fernando Verissimo).

§  “O outro homem não o saudamos, nem ele nos viu” (Eça de Queirós).

Adversativas - Expõem ideia de contrariedade, adversidade, oposição à expectativa criada na outra oração. As conjunções mais comuns são: MAS, PORÉM, CONTUDO, TODAVIA, ENTRETANTO, NO ENTANTO e NÃO OBSTANTE.

§  Maria não estava triste, contudo chorou copiosamente.

§  “Não me queixo, mas sofro” (José de Alencar).

Obs.: É mais importante o candidato preocupar-se com a ideia que passa a oração do que decorar conjunções. Observe os exemplos seguintes:

§  Foi à praia e não tomou banho de mar.

§  Não só foi à praia mas também tomou banho de mar.

Na primeira frase, apesar de aparecer a conjunção E, a ideia que ocorre é de adversidade, pois é criada uma expectativa na primeira oração, contudo a segunda não concretiza a expectativa criada. Quando se fala FOI À PRAIA, espera-se que a pessoa TOME BANHO DE MAR, no entanto tal não ocorre. Já na segunda frase, apesar de aparecer a palavra MAS, a ideia é de soma, pois o indivíduo foi à praia e tomou banho de mar, ou seja, praticou as duas ações. É sempre interessante não esquecer que estruturas iniciadas por “não apenas”, “não só” ou “não somente”, inevitavelmente, ão desembocar em orações aditivas. Isso acontece, pois, como o termo “não” tem a função de negar os elementos restritivos “somente”, “só” e “apenas”, além de a ação exposta naquela oração se efetivar, também a ação exposta na oração seguinte se realizará. Voltando ao exemplo “Ele não só foi à praia”, se não houvesse o “não”, ele somente teria ido à praia e não haveria feito mais nada. Mas como o “não” negou o “só”, “Ele não só foi à praia”, como também realizou outra ação.

Alternativas - Relatam ideia de opção, escolha, alternância. As conjunções mais comuns são: OU...OU, ORA...ORA, QUER...QUER.

§  “Ser ou não ser...” (W. Shakespeare).

§  Ou porque o amor antigo o obrigava,

§  ou porque a gente forte o merecia” (Camões).

§  Ora eu vejo um bom filme ora eu ouço música.

§  “É o meu maior prazer vê-lo brilhar seja na terra seja no mar” (Lamartine Babo).

Nas duas primeiras frases, a conjunção OU introduz uma ideia de opção, escolha que se contrapõe à oração anterior. Nas duas últimas frases, as conjunções ORA e SEJA introduzem nas orações a ideia de fatos que se alternam.

Obs.: Às vezes, a conjunção “ou” pode possuir valor aditivo, como na frase: “Estamos preparados para dormir ou para ficar acordados.”

Observe que, na realidade, nós estamos preparados para as duas ações: dormir e ficar acordados.

Conclusivas - Expressam ideia de CONCLUSÃO, DEDUÇÃO, SUPOSIÇÃO. As conjunções mais comuns são: ENTÃO, LOGO, PORTANTO.

§  “Penso, logo existo” (R. Descartes).

§  Minha mulher preparou o almoço, logo a comida está insuportável.

Nas duas frases, observe que a ideia que fica mais clara é a de dedução; no primeiro caso, uma dedução filosófica e, no segundo caso, uma dedução baseada provavelmente em experiências anteriores que levam o sujeito (EU – IMPLÍCITO) a chegar a esta conclusão.

Explicativas

Designam valor de EXPLICAÇÃO. As conjunções mais comuns são QUE, PORQUE, JÁ QUE, VISTO QUE, PORQUANTO...


Obs.: Normalmente o verbo da outra oração se encontra no IMPERATIVO.

§  Vem logo, que já está tarde.

§  Não fales mais nada, porque tuas palavras podem ser prejudiciais a ti.

Nas duas frases, QUE e PORQUE introduzem uma explicação para a ordem (daí o uso do IMPERATIVO) que ocorre na oração anterior.
 
Obs.: Ocorre mais raramente o fato de uma oração coordenada explicativa aparecer numa situação em que o verbo da outra oração não esteja no imperativo. Tal acontece quando não houver uma relação causa-efeito.

§  Manoel esteve aqui, uma vez que eu vi a chave dele.

Não se pode dizer que “eu ver a chave dele” é a causa de “Manoel ter estado aqui”. Então o fato de a chave de Manoel estar ali, no máximo, esclarece ou explica que ele esteve ali.

§  João bebeu cerveja, visto que deixou o copo sujo na pia.

É invvel compreender que “João ter deixado o copo sujo na pia” seja a causa de “ele ter bebido cerveja”. No entanto, o fato de haver o copo sujo na pia esclarece ou explica que João bebeu cerveja.

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